terça-feira, 19 de junho de 2012

.verde com azul.


à cor do vinho que nos embedou em pleno agosto, achando ser verão, por tanto calor, tanto fogo;
à cor dos olhos esbofeteados pela noite transcedental, cheia de braços, abraços, luxúria;
à cor da minha boca, nesse frio em que você me abandonou por encontrar também outras bocas roxas de vinho, e achar nelas o roxo da uva mais nobre da safra. E daquele líquido desejar viver como que a vida inteira ainda;
à cor dos olhos roxos de tanto chorar, de chorar a porta batendo e você pegando seu violão, livros, quadros e contas a pagar;
porque a vida, meu amigo, não acontece sem que haja a cor roxa.

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